Behaviorismo, Gestalt e Psicanálise

Encontre aqui as principais diferenças entre Behaviorismo, Gestalt e Psicanálise. Saiba como aplicar cada uma dessas abordagens em sua prática clínica para melhor compreender o comportamento humano. Descubra agora!

Behaviorismo, Gestalt e Psicanálise

O estudo do comportamento (behaviorismo)

Watson distribui vários nomes ao que chamamos de Behaviorismo: análise experimental do comportamento, comportamentalismo, teoria comportamental; tudo em prol do comportamento humano. Ele atribui que o comportamento não é uma ação isolada, mas sim, que depende do meio onde se vive. O comportamento é um objeto observável e mensurável da Psicologia.

Duas razões foram indicadas para que se pudesse entender a origem dos termos “resposta” e “estímulo”: uma seria a metodológica, que analisa e experimenta, e a outra seria a histórica, que aproveitava as ideias de outros estudiosos, tudo isso para entender a interação do homem com o meio.

O indivíduo é “ensinado” a defender-se dos estímulos da natureza, quer sejam eles bons ou ruins, por conta da necessidade que seu corpo demonstra. Acredita-se que as punições são temporariamente uma pressão à fuga da verdadeira vontade. O ambiente onde nos encontramos é capaz de determinar a forma de nosso comportamento.

Skinner se apoiou na formulação do comportamento operante. Para entendermos esse comportamento, é preciso antes de tudo entender o comportamento respondente, que é uma interação estímulo-resposta (ambiente-sujeito) incondicionada e que independe da aprendizagem. Esse comportamento fez com que Skinner desenvolvesse seu trabalho sobre a relação indivíduo-ambiente, na qual seria uma nova unidade de análise de sua ciência: o comportamento operante, que é o contrário do respondente, pois depende da aprendizagem. Ele estuda como as variações no ambiente modificam o comportamento e faz referência à interação sujeito-ambiente.

O Reforçamento é o que vem depois da resposta e modifica a probabilidade futura de ocorrência dessa resposta. Ele se divide em negativo e positivo. O negativo permite a retirada de algo indesejável; é todo evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o remove. Já o positivo dispõe algo para o organismo; é todo evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o produz. Há dois processos nesse reforçamento que são: a esquiva e a fuga. A esquiva trata-se de um comportamento que é reforçado pela necessidade de reduzir ou evitar o segundo estímulo, que também é aversivo (quando nos sentimos ameaçados, nosso corpo já nos envia mensagens para que nos defendamos). Na fuga, o comportamento reforçado é aquele que termina com um estímulo aversivo já em andamento (ex: alguém joga alguma coisa em você e só depois é que você xinga).

A Extinção é um procedimento no qual uma resposta deixa abruptamente de ser reforçada, então a resposta diminuirá de frequência ou se extinguirá.

A Punição é o que vem depois da resposta quando há um estímulo aversivo; a punição inibe um determinado comportamento. Os behavioristas apoiaram as críticas feitas por Skinner e outros autores e propuseram a substituição definitiva das práticas punitivas por comportamentos desejáveis.

O controle de estímulos nos fala do controle que o ambiente exerce sobre nós. Quando a frequência ou a forma de resposta é diferente, diz-se que o comportamento está sob o controle de estímulos. Divide-se em dois processos: Discriminação – quando uma resposta se mantém na presença de um estímulo, sofre certo grau de extinção na presença de outro, e a Generalização – um estímulo adquire controle sobre uma resposta devido ao reforço na presença de um estímulo similar diferente.

A Gestalt (psicologia da forma)

Os Gestaltistas estão interessados em entender quais os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, como percebemos as coisas contrariamente ao que verdadeiramente são.

O que diferencia os Gestaltistas dos Behavioristas é que, para eles, entre o processo de estímulo e resposta, há o estágio da percepção. E o que as duas correntes têm em comum é que ambas definem a psicologia como sendo a ciência que estuda o comportamento. A Gestalt procura entender como o indivíduo é capaz de, na sua mente, completar uma figura aparentemente faltando seus contornos. A maneira como percebemos as coisas determina o nosso comportamento.

O campo psicológico nos permite estruturar situações que não estão nítidas. Há um fenômeno na Gestalt chamado insight, que nos permite compreender imediatamente uma figura que até é desconhecida. A teoria do campo de Kurt Lewin envolve não só o fator físico, mas também os medos, os sonhos, etc. Lewin foi, sem dúvida, um dos psicólogos que mais beneficiou a psicologia com o estudo de grupos, que nos serve até hoje.

Significa forma ou configuração, mas não será esse o sentido falado aqui nesse resumo.

Ernst Mach e Ehrenfels desenvolveram uma psicofísica com estudos sobre as sensações de espaço e forma; tempo e forma. Max, Köhler e Koffka iniciaram seus estudos pela percepção e sensação do movimento. Os gestaltistas se preocuparam em compreender quais os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica. Eles queriam analisar quando um indivíduo percebe um estímulo físico de forma diferente da que ele tem na realidade.

A Percepção para os gestaltistas, entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo, encontra-se o Processo de Percepção. Na visão dos gestaltistas, o comportamento deveria ser estudado nos seus aspectos mais globais, levando em consideração as condições que alteram a percepção do estímulo. Se basearam na Teoria do Isomorfismo.

O Behaviorismo e a Gestalt estudam o comportamento como objeto da Psicologia. Só que o Behaviorismo estuda o comportamento estímulo-resposta tentando isolar o estímulo que corresponderia à resposta esperada. Já a Gestalt diz que o comportamento estudado de maneira isolada perderá seu significado.

A Boa-Forma reflete na Gestalt, que nos fala sobre a maneira como percebemos um determinado estímulo irá desencadear nosso comportamento.

O meio Geográfico e o meio Comportamental fala sobre o meio ou meio ambiente, que é o conjunto de estímulos determinantes do comportamento. O meio Geográfico é o meio físico e o meio Comportamental é uma interpretação do meio onde o que é percebido é uma realidade subjetiva pela nossa mente.

O Campo Psicológico é um campo de força psicológico que tende a buscar a melhor forma em situações não estruturadas.

O Insight é uma percepção imediata, por exemplo: uma certa figura está pregada na parede e logo que a visualizamos, não entendemos. Só que, de repente, ela vem em nossa mente já entendida, tanto sua forma quanto o que ela significa, sem termos feito nenhum esforço para compreendê-la.

A Teoria de Campo de Kurt Lewin: essa Teoria nasceu de um trabalho feito entre Lewin, Max, Koffka e Köhler. Lewin não é considerado um gestaltista, pois ele abandona a percepção da Gestalt para buscar na Física bases metodológicas de sua psicologia, onde para ele o espaço vital é definido como a totalidade dos fatos que determinam o comportamento do indivíduo em um certo momento. Para Lewin, campo psicológico era o espaço de vida onde o indivíduo, o meio e a totalidade dos fatos coexistentes. Já o campo social é formado pelo grupo e seu ambiente, onde o clima social é que determina o desempenho do grupo.

A Psicanálise

Freud se preocupou em colocar os “processos misteriosos” do psiquismo (as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, o interior do homem) como problema científico; a esse estudo iremos chamar de psicanálise. O trabalho profissional desenvolvido recebe o nome de análise, que busca o autoconhecimento do sujeito para chegar à eventual cura.

A maior parte das obras de Freud produz experiências pessoais do mesmo. Em suas análises com os pacientes, ele se utilizava da hipnose – inconsciência temporária onde o paciente revive cenas na sua vida que foram sufocadas e, a partir da lembrança, ele pode determinar o sintoma da “doença”. Em seus estudos, descobriu-se que muitas das neuroses vinham das tramas sexuais vividas na infância.

No complexo de Édipo, a mãe é objeto de desejo no garoto, e o pai é o empecilho de seu acesso à mãe. No caso da menina, chamaremos de Édipo feminino. Nos seus processos terapêuticos, Freud entendia que as cenas descritas eram verdadeiras; posteriormente, descobriu-se que poderiam ser pura imaginação do sujeito, e essa realidade que o sujeito assume existir chamamos de realidade psíquica. A psicanálise diz que: a defesa é a operação que o ego retira da consciência os conteúdos indesejados.

Autor: Virginia Silva da Costa

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